Catena Zapata Malbec Argentino

Pode-se dizer que é um "Grand Cru" da América do Sul 

Além do rótulo espetacular, que para mim é um dos mais bonitos de todos os tempos, esse Catena Zapata Malbec Argentino é hoje a maior autoridade em Malbec no mundo. Se achou exagero, basta conhecer a história por trás deste ícone dos vinhos.

Sem dúvida, o principal especialista em uva Malbec

Em 1902, o avô de Nicolá Catena Zapata, Nicolá, se estabeleceu em Mendoza, e foi aí que tudo começou. Até 1980, Nicolá Catena Zapata acreditava que os únicos grandes vinhos do mundo, só podereiam vir da França, e ali trabalhavam em sua vinícola familiar, porém após o prêmio dado a um vinho californiano no Judgement of Paris, ele começou a se questionar e decidiu: Porque não tentar elaborar um GRAND CRU na Argentina?! 

Ele passou a estudar o terroir de Mendoza por intensos 10 anos e viajou pelo mundo para aprender com os melhores produtores de vinho. Não foi nada fácil. Por vezes pensou em desistir, após algumas críticas, inclusive de outros vinicultores franceses. 

Apostando na plantação a 1500 metros de altura, um lugar muito frio e árido, onde até o seu viticultor o advertiu que não seria uma boa idéia, nasceu o vinhedo Adrianna. Espetacular. Laura Catena disse que apesar da família sempre atribuir o sucesso ao trabalho e aos estudos, concorda com o pai de que também tiveram um pouco de "sorte" a tantas conquistas.  

Este vinho em questão, teve sua safra inaugural em 2004, e já obteve 98 pontos do Wine Advocate (Robert Parker). Desde a colheita de 2015, o Malbec Argentino é produzido com vinhas históricas de dois vinhedos renomados da família Catena Zapata: Nicasia (1996) e Angélica (1930), e cada colheita é realizada separadamente no momento em que atinge seu ponto ótimo e vinificado de maneira independente. 

Além das características distintas, o Catena Zapata Malbec Argentino possui uma narrativa bastante única. Em 2015, durante uma convenção, o vinho, por sua vez, foi exibido com um novo rótulo que ilustra a história da uva Malbec. Desenvolvido por Adrianna Catena, com arte de Rick Shaefer e design,  o novo rótulo é extremamente expressivo, uma autêntica obra de arte na vertente do realismo.

A ilustração apresenta quatro mulheres que simbolizam e refletem diferentes momentos na trajetória da casta Malbec, que teve origem na França e atualmente está presente na Argentina e na Catena Zapata.

Eleanor da Aquitânia é uma pioneira do Malbec, tendo vivido no século XII na área de Bordeaux, berço do Malbec. Eleanor foi Rainha da França e Rainha da Inglaterra e sempre revelou seu amor pelo Malbec.

Ana Mosceta é a segunda mulher, imigrante que saiu da Itália com dez anos para a Argentina e se uniu a Nicola Catena. 

A terceira mulher, que exibe um semblante de morte, representa a filoxera, praga que devastou as vinhas europeias no final do século XIX. Quase todas as vinhas morreram, exceto uma variedade de Malbec que foi importada para a Argentina.

Este vinho é assinado por um dos enólogos mais reconhecidos da Argentina, Alejandro Vigil.

Nota do vinho na Vivino (de 0 a 5): Fabulosos 4,7 (safra de 2020). As notas das safras variam de 4,4 a 4,7. Já na Robert Parker já atingiu incríveis 98 pontos, de 100, e na James Suckling 99 pontos na safra 2019, ou seja, dispensa comentários. 

E aí, já pensou em degustar ou ter uma dessa em sua adega? 

Se já experimentou, diga-nos nos comentários o que achou.